Viajar e visitar uma bela praia já é uma experiência revigorante. Se for somado ainda a sorte de presenciar a bioluminescência, a visita vira inesquecível!
Também conhecido como maré vermelha (por alguns casos em que a água a água ganha um tom vermelho-enferrujado), esse fenômeno natural ocorre com várias espécies, vertebradas e invertebradas, por reações químicas que resultam em luz. No caso dos mares, várias dessas luzes são formadas por microorganismos, como plânctons que se utilizam dessa técnica para afugentar alguns tipos de predadores.
A reação química que ocorre nos organismos é parecida com o funcionamento de um bastão luminosos. Os plânctons se “acendem” com qualquer agitação, apesar de ser por apenas alguns momentos. Quanto maior a agitação, mais forte será o brilho (normalmente, os barcos que ajudam a criar os efeitos mais intensos). Alguns lugares atraem mais ou menos tipos desses organismos dependendo dos nutrientes das águas, mas o resultado nunca deixa de ser quase mágico! Abaixo algumas locações em que esse tipo de evento é mais comum:
Oceania
Cairns, Austrália
O tipo de ambiente dessa cidade australiana é muito favorável para a floração de algas. As flores das plantas são levadas pelas águas carregando milhões de organismos luminosos.
Lagos de Gippsland, em Victória, Austrália
Vários incêndios ocorreram na região em 2006, seguidos por uma forte enchente, em 2007. Esses eventos levaram a um crescimento altíssimo de cianobactérias (também conhecidas como algas verde-azuladas). Após aproximadamente um ano, as flores das algas se desenvolveram, tornando o ambiente propício para este fenômeno.
América do Norte
Praia de Manasquan, Nova Jersey, Estados Unidos
Mission Bay, San Diego, Califórnia, Estados Unidos
Praia de Torrey Pines, San Diego, Califórnia, Estados Unidos
Cortez, Flórida, Estados Unidos
América central – Caribe
Mosquito Bay, Vieques, Porto Rico
Na região do Caribe, esse fenômeno já era registrado desde o período colonial. No século 17, exploradores espanhóis tentaram fechar a baía de mosquito bay e separá-la do mar, tentando impedir a bioluminescência. O motivo dessa tentativa foi o fato de acreditarem que as luzes eram criação do diabo. Ao reduzir o fluxo da água do mar na baía, os espanhóis aumentaram a concentração de vitamina b12 (liberada pelas árvores dos manguezais), e também aumentaram drasticamente o número de microorganismos. Um galão normal de água da baía continha cerca de 750 mil destes seres.
Trelawny, Jamaica
Ásia
Ilhas Maldivas
Alguns desses organismos são grandes o suficientes para se ver a olho nu. Eles se estendem por grande parte da praia e o visual se assemelha com glitter (Ao andar, ou nadar sobre eles, até mesmo as pegadas na areia brilham!)
Krabi, Tailândia
Toyama, Japão
Este caso não são exatamente plânctons. Estas são lulas que emitem luz por todo seu corpo. Apesar de normalmente viverem nas profundezas do mar, a maré pode empurrá-las para a superfície.
Europa
Zeebrugge, Bélgica
Os tipos de organismos dessa região são chamados de “faísca do mar”. A água nutritiva e uma alta fonte de alimentos para o plâncton são uma boa combinação para crescerem nessa local.
Norfolk, Inglaterra
A cidade é uma das mais conhecidas para se ver o fenômeno no Reino Unido. O brilho também pode ser visto em águas rasas e salgadas, principalmente depois de um longo período de luz do sol.
Fonte:
Matador Network
Já presenciei este fenômeno no Brasil. Na praia de Pirambú-SE. já tem 25 anos. A praia estava deserta. Eu, minhas irmãs e primos presenciamos. Foi um momento inesquecível. Tinha a coloração verde florescente. As pegadas brilhavam. Jogávamos água um no outro. Pura diversão!! Pensávamos que era fenômeno de outro planeta.