Quando falamos em Hawaii, o surf é uma das associações mais imediatas que nos vêm a cabeça. Isso não acontece à toa: Sendo o berço do esporte, os descendentes do povo havaiano, os polinésios, são considerados por muitos pesquisadores os inventores dessa prática radical.
Apesar de ser restrito à apenas líderes, surfar não era somente um passatempo. O esporte servia como um treinamento para manter os chefes em ótimas condições físicas. Ainda mais, servia também como resolução de conflitos: membros da nobreza testavam suas habilidades em competições acirradas, em que suas riquezas e bens eram colocadas em jogo. Porém toda essa tradição e misticismo se foi com a chegada do homem branco. Os exploradores não tinham respeito pelos costumes, que, por causa da imposição da cultura ocidental, logo já estariam sendo esquecidos. Forçados a se adaptar ao novo estilo de vida, os nativos foram perdendo contato com suas tradições, e a prática do surf logo entrou em declínio.
Entretanto, esse cenário começou a mudar com Duke Kahanamoku: nascido em 1890 em Waikiki, ele é considerado o “pai do surfe”. Junto com mais amigos, ele formou o primeiro clube de surfe conhecido como “Beach Boys de Waikiki”. Conhecidos por reviver a prática do surfe, eles conseguiram tirar toda a proibição e medo imposta por missionários da época. Duke se tornou um campeão olímpico nadador, conquistando três medalhas de ouro e duas de prata. Graças à sua popularidade, a prática do surf foi se espalhando pelo Hawaii, e logo em todos os Estados Unidos (mais tarde, atraindo até a atenção de Hollywood). Em 1915, ele viajou até a Austrália, onde introduziu o esporte ensinando suas técnicas e como construir pranchas.
Duke morreu aos 78 anos e até hoje é lembrado como um dos símbolos do Hawaii e um dos maiores surfistas do mundo. Hoje, os australianos são considerados um dos mais habilidosos da atualidade, e o esporte (junto com o Hawaii) é reconhecido internacionalmente.
Fonte: Club of the Waves